As
autoridades de Macau e Hong Kong expressaram interesse em explorar potenciais
colaborações com portos em Portugal, disse a directora-geral de Política do
Mar.
Marisa
Lameiras da Silva encontrou-se na sexta-feira com a directora dos Serviços de
Assuntos Marítimos e de Água de Macau, Susana Wong Soi Man, e o director dos
Serviços de Protecção Ambiental, Ip Kuong Lam. Na quinta-feira, já tinha sido
recebida em Hong Kong pela nova Secretária para os Transportes e Logística,
Mable Chan, que tomou posse em Dezembro.
Nesses
encontros, a directora-geral apresentou a Estratégia Nacional para o Mar até
2030 e “os últimos investimentos” que Portugal tem feito no transporte
marítimo, portos, energias renováveis oceânicas, biotecnologia e bioeconomia
azul. Lameiras da Silva disse que as autoridades dos dois territórios
“realmente demonstraram interesse nestas matérias, nomeadamente no que Portugal
tem feito na área dos portos”.
Não
foi firmado qualquer acordo em concreto, até “porque esta é uma missão quase
relâmpago, de três dias”, mas há “interesse em continuarmos a conversar”,
referiu a dirigente.
Lameiras
da Silva sublinhou a importância de “perceber onde há sinergias e onde há
oportunidades de colaboração e parcerias”, não apenas com instituições
públicas, mas também com empresas privadas.
Ainda
na sexta-feira, a directora-geral falou sobre economia azul sustentável no
Instituto Internacional de Macau e interviu durante o jantar de gala anual da
Câmara de Comércio Europeia em Macau.
Lameiras
da Silva, também presidente do Conselho de Gestão Estratégica da Rede Hub Azul,
falava aos jornalistas após um diálogo com alunos da Escola Portuguesa de Macau
sobre o futuro dos oceanos. O objectivo foi “trazer um pouco de consciência
para a camada mais jovem, para a comunidade escolar, da importância do mar na
nossa vida, bem como do impacto que nós temos no nosso dia-a-dia perante o
oceano”, explicou.
Referindo-se
às eleições legislativas em Portugal, Marisa Lameiras da Silva disse que seja
qual for o novo Governo, tem esperança de que a aposta no mar continue a ser
uma aposta transversal à política portuguesa. “Acho que é mais do que óbvio que
o desígnio de Portugal também passa pelo mar e, portanto, há claramente a
intenção de continuarmos aqui a trabalhar para a economia azul, respeitando
sempre o que é a sustentabilidade ambiental e o crescimento económico”,
referiu. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
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