Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Galiza - A Mesa convoca umha concentraçom diante do julgado de Padrom em defesa do direito a viver em galego

A Mesa pola Normalización Lingüística convoca umha concentraçom na próxima sexta-feira, dia 4 de abril às 9h30, diante do julgado de Padrom, em solidariedade com Marcos Maceira e Sara Seco, acusadas dum suposto delito de injúrias por denunciarem diante dos meios e nas redes sociais um atestado no que a polícia municipal de Rianjo afirmava que os trabalhadores públicos “nom tinham obriga de falar em galego”

O presidente da Mesa, Marcos Maceira, e a tiktoker Sara Seco declararám em qualidade de pessoas investigadas, por defenderem o direito dum vizinho de Rianjo a ser atendido na nossa língua. Maceira e Seco denunciaram perante os meios de comunicaçom e nas redes sociais um atestado no que a polícia municipal de Rianjo, perante a solicitude de atençom em galego dum cidadám, afirmava que “na Galiza o castelhano é umha língua igualmente oficial” e que “nom tinham obriga de lhe falar em galego”, polo que foi advertido “mui seriamente, para abandonar essa atitude”. Acto seguido, a polícia propujo o cidadám para sançom por alterar gravemente a ordem no centro de saúde, infraçom administrativa da que foi absolvido.

Para a Mesa, a denuncia policial é “um ataque à liberdade de expressom e de opiniom” e “mais um passo no intento dos responsáveis policiais de Rianjo de intimidarem e amedrontarem a quem se atreva a assinalar as atitudes hostis cara a língua galega”.

“Essa atitude ficou clara no processo judicial contra o cidadám que reclamou o seu direito à atençom em galego”, afirmam, “e agora a denunciar destacados membros da Mesa por reproduzirem a literalidade dum atestado policial e dumha resoluçom sancionadora da Subdelegaçom do Governo na Corunha”. Neste sentido, A Mesa reafirmou a sua vontade de continuar a defender qualquer pessoa que veja vulnerado o seu direito a usar o galego sempre e em qualquer lugar. In “Portal Galego da Língua” - Galiza


Angola e Brasil pretendem aprofundar relações no domínio da Defesa

As delegações do Brasil e de Angola reuniram-se, na última segunda-feira, em Brasília, onde manifestaram a pretensão de aprofundar as relações no domínio da Defesa



De acordo com uma nota, enviada ao JA Online, a abordagem foi feita entre o ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria de Angola, João dos Santos, e o homólogo brasileiro, José Monteiro Filho.

Durante o encontro, as delegações passaram em revista o estado actual de cooperação entre as instituições e reiteraram a necessidade de consolidar e diversificar a parceria estratégica vigente.

Na ocasião foi, igualmente, decidida a dinamização do Comité Conjunto de Cooperação da Defesa para a monitorização dos projectos em curso.

Para João Ernesto dos Santos, é importante reforçar e consolidar a cooperação nas áreas de apoio à paz, formação, ensino, infra-estruturas e indústria militar.

Por sua vez, José Monteiro Filho defendeu a necessidade de continuar a desenvolver acções para melhorar a cooperação no referido sector. In “Jornal de Angola” - Angola


Moçambique - Prémio Literário Mia Couto abre candidaturas da terceira edição

Entre 11 de Abril e 12 de Maio, estarão abertas as inscrições para a terceira edição do Prémio Literário Mia Couto, uma iniciativa da Cornelder de Moçambique (CdM), em parceria com a Associação Kulemba, que visa premiar as melhores obras literárias de autores moçambicanos.



Segundo um comunicado de imprensa sobre o concurso, para esta terceira edição, serão elegíveis obras literárias publicadas entre 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2024, na categoria de romance. 

As obras submetidas serão avaliadas por um júri especializado e idóneo, com base em critérios como originalidade, qualidade literária e relevância cultural.

Desde a sua primeira edição, o Prémio Literário Mia Couto já laureou importantes obras da literatura moçambicana, como “No verso da cicatriz”, de Bento Baloi; “Pétalas negras ou a sombra do inanimado”, de Belmiro Mouzinho; e “Estórias trazidas pela ventania”, de Adelino Albano Luís. 

Nas duas edições anteriores, cada um dos vencedores recebeu um valor monetário na ordem de 400.000 MZN (quatrocentos mil meticais).

Diferentemente das edições anteriores, entretanto, nesta terceira, as inscrições serão realizadas de forma online, directamente no sítio da Associação Kulemba

O concurso é aberto a todos os autores moçambicanos, com obras publicadas no período elegível. O regulamento do prémio pode ser consultado no sítio da Associação Kulemba. In “O País” - Moçambique


terça-feira, 1 de abril de 2025

Galiza - Jornadas abertas à participaçom para comemorar confluências com Portugal

Sob o título de “Cravos e Rosas”, decorrerám umha série de eventos entre 25 de abril e 17 de maio



A proposta, é um convite aberto para fazer achegar, segundo defendem da organizaçom “é um espaço horizontal, colaborativo, auto-gerido e expansivo onde qualquer pessoa, associação, coletivo, instituição pública ou privada pode compartilhar o seu evento para um maior conhecimento, divulgação e retroalimentação de todas as iniciativas.”

A ideia á que possam acontecer o maior número possível de eventos sobre Portugal na Galiza e, reciprocamente, sobre a Galiza em Portugal. De temática livre, sendo apenas imprescindível a conexão galego-portuguesa e “o respeito polo ser humano e ao planeta”, sinala a convocatória, que convida a fazer achegas nas áreas da “educação, cultura, artes, turismo, política, desporto, economia, tradições, espetáculos, rádio, concertos, exposições, encontros sectoriais, profissionais, institucionais….”

Como colaborar em Cravos e Rosas?

Para fazer parte é só enviar a informaçom básica do evento: nome, local, horário, organizador, uma imagem (fotografia, cartaz, etc.) e duas linhas de informação que descrevam o evento antes do domingo 13 de abril para o correio info@cravoserosasptgal.eu

Uma vez fechado o programa será criado um banner, um cartaz geral e uma brochura que incluirá todos os eventos. O cartaz e a brochura serão enviados em formato pdf para imprimir e distribuir autogestionariamente. Também serão ativadas diferentes redes sociais a partir das quais serão divulgados os eventos antecipadamente e será feita a cobertura posterior, sempre que os organizadores enviem informações e imagens do mesmo. In “Portal Galego da Língua” - Galiza


A China é uma oportunidade irrecusável para as empresas portuguesas

Há um mercado vasto e com grande poder de compra à espera de produtos diferenciados e com selo de qualidade europeu

A China tem vindo a consolidar-se como um dos mais importantes parceiros económicos da Europa. Portugal e Espanha encontram-se em posições privilegiadas para beneficiar desta tendência. Para Portugal, a aposta chinesa na Península Ibérica não é só mais um reflexo de uma estratégia global. É, sobretudo, uma oportunidade única para as empresas portuguesas reforçarem a sua competitividade e presença nos mercados internacionais.

A recente decisão da China Aviation Lithium Battery (CALB) de investir cerca de dois mil milhões de euros numa fábrica de baterias em Sines é um momento histórico para a economia portuguesa. Este projeto, que poderá representar mais de 4% do PIB nacional, não só impulsionará o setor industrial como criará 1800 postos de trabalho diretos. Este empreendimento demonstra a confiança dos investidores chineses no potencial do país, ao mesmo tempo que fortalece a posição de Portugal na cadeia de valor das energias renováveis e da mobilidade sustentável.

Mas o interesse chinês em Portugal não se limita ao setor das baterias. O embaixador da China em Portugal reforçou, numa recente visita aos Açores, a vontade de estabelecer parcerias para a importação de produtos de alta qualidade como leite, carne, queijo e peixe. Para as empresas portuguesas, este é um sinal claro de que há um mercado vasto e com grande poder de compra à espera de produtos diferenciados e com selo de qualidade europeu.

O crescimento do investimento chinês na Península Ibérica não acontece por acaso. Com os Estados Unidos a adotar uma política comercial cada vez mais protecionista sob a liderança de Donald Trump, a China tem reforçado a sua presença na Europa. Em Espanha, 2024 foi um ano recorde para o investimento direto chinês, com 33 novos projetos em setores estratégicos como energia limpa e produção de baterias. Esta tendência deverá continuar, consolidando a Península como um polo fundamental para a expansão chinesa na Europa.

Para Portugal, esta aproximação à China pode representar uma alavanca económica fundamental. O setor automóvel europeu, por exemplo, enfrenta desafios significativos, e a China pode desempenhar um papel-chave na sua reestruturação. A Volkswagen já admitiu conversações com investidores chineses para a venda de fábricas na Alemanha, numa altura em que os fabricantes chineses procuram formas de evitar tarifas da UE sobre veículos elétricos importados da China. Considerando que a indústria automóvel representa cerca de 7% do PIB da União Europeia e emprega 13 milhões de pessoas, uma maior presença chinesa pode ser crucial para garantir a sua sustentabilidade.

Outro fator determinante é o lítio. A Europa precisa urgentemente deste recurso para impulsionar a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Atualmente, a UE importa 97% do lítio necessário à sua economia da China. O investimento chinês em Sines reforça esta dependência, mas também cria oportunidades para o desenvolvimento da indústria nacional e para a captação de novos projetos de inovação e tecnologia.

No contexto da nova ordem económica mundial, Portugal tem tudo a ganhar com uma estratégia de cooperação ativa com a China. Seja no setor energético, no agroalimentar ou na indústria automóvel, a entrada de capital chinês pode significar crescimento, inovação e emprego para o país. Em tempos de incerteza geopolítica e económica, Portugal e as empresas portuguesas não podem ignorar esta oportunidade. João Santos – Portugal in “Sapo”

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João Rodrigues dos Santos - Professor Associado e Coordenador da área de Economia e Gestão da Universidade Europeia


Ásia - Tóquio, Seul e Pequim aceleram acordo de comércio livre

O Japão, Coreia do Sul e China anunciaram que pretendem reforçar a cooperação e proporcionar um “ambiente previsível” às empresas e “acelerar” as negociações sobre um acordo de comércio livre, que responda às incertezas provocadas pelos EUA



Os ministros da Indústria e do Comércio dos três países realizaram uma reunião de emergência em Seul, destinada a acertar políticas de resposta à aceleração dos aumentos tarifários impostos por Washington – uma reunião tripartida de emergência e a primeira neste formato desde 2020.

O ministro sul-coreano da Indústria, Ahn Duk-geun, o seu homólogo japonês, Yoji Muto, e o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, concordaram em “prosseguir as discussões com vista a acelerar as negociações para um acordo de comércio livre trilateral abrangente” e “justo”, de acordo com uma declaração conjunta.

As discussões sobre esse acordo começaram em 2013 e continuaram até 2019, altura em que estagnaram. Foram relançadas em 2024, numa cimeira tripartida especial, que reuniu os líderes dos três países em Seul.

Por enquanto, “continuaremos a trabalhar para garantir condições de concorrência equitativas a nível mundial, a fim de promover um ambiente comercial e de investimento previsível, livre, aberto, justo, não discriminatório, transparente e inclusivo”, acrescenta a declaração conjunta.

Para os três países, o objetivo é “intensificar gradualmente a sua cooperação”, a fim de “criar um ambiente comercial previsível, estabilizar as cadeias de abastecimento e melhorar a comunicação sobre os controlos das exportações”, insistiu Seul numa declaração separada.

De uma forma mais geral, Seul, Pequim e Tóquio concordaram em “trabalhar em estreita colaboração” para promover a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e incentivar novos membros a aderir à vasta Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP), que reúne a China e 14 países asiáticos. Entre eles, a China, o Japão e a Coreia do Sul representam cerca de 20% da população mundial, um quarto da economia mundial e 20% do comércio global.

A reunião tripartida surge após a imposição por parte da Administração norte-americana de Donald Trump, em meados de março, de direitos aduaneiros de 25% sobre o aço e o alumínio, poucos dias antes da imposição, a partir de 02 de abril, de sobretaxas aduaneiras de 25% sobre os automóveis importados pelos Estados Unidos.

O Japão e a Coreia do Sul representam, respetivamente, 16% e 15% do total das importações de automóveis dos Estados Unidos, um setor importante para as respetivas economias nacionais. A China, por seu lado, enfrenta uma sobretaxa aduaneira total de 20% sobre todas as suas exportações para os Estados Unidos. Há ainda o espectro dos direitos aduaneiros “recíprocos”, que Washington também ameaça impor a partir da próxima semana. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


Portugal – Universidade de São José de Macau e Universidade do Minho unidas por acordo de cooperação

A Universidade de São José enviou uma delegação a Portugal para assinar um protocolo de cooperação com a Universidade do Minho e participar na Feira de Educação do Porto. O périplo teve como propósito promover o intercâmbio académico entre os dois locais e promover Macau como destino para estudantes estrangeiros



Com o objectivo de expandir a colaboração existente e reforçar a rede de cooperação, a Universidade de São José (USJ) enviou uma delegação à Universidade do Minho (UMinho) para assinar um protocolo entre as duas instituições.

Segundo uma nota da USJ, o acordo visa desenvolver, ao longo de cinco anos, “parcerias em iniciativas de ensino, investigação, inovação tecnológica e empreendedorismo”, conferências conjuntas e “programas de mobilidade de estudantes, pessoal académico e técnico”.

Para a USJ, a UMinho é actualmente reconhecida pela “competência e qualidade do seu corpo docente”, pela excelência da investigação científica, pelo elevado nível de interacção com outras instituições e pela “vasta oferta de cursos”. Desempenha também um papel central na região, sendo uma referência importante e “um parceiro reconhecido no panorama europeu e mundial”, refere o comunicado.

A delegação da USJ integrou o vice-reitor para a Internacionalização e Assuntos Académicos, Álvaro Barbosa, o vice-reitor para a Investigação Académica e Inovação, Alexandre Lobo, e o chefe da delegação da USJ em Portugal, Francisco Peixoto.

A USJ também esteve presente na Feira de Educação “Qualifica”, no Porto, pelo segundo ano consecutivo, tendo sido a única instituição de ensino superior da Ásia a marcar presença no evento. A “Qualifica” é uma feira anual que funciona como plataforma vital para as universidades se ligarem a potenciais estudantes e executivos no Porto.

De acordo com a USJ, contou com mais de 42 mil visitantes, que incluíram estudantes de ensino secundário e de pós-graduação, orientadores e professores da cidade do Porto, interessados em prosseguir os estudos na Ásia.

Ao longo do evento, os visitantes do pavilhão da USJ mostraram-se “especialmente interessados em conhecer o sistema de ensino superior de Macau”, bem como com as oportunidades de bolsas de estudo disponíveis para estudantes dos países de língua portuguesa e o processo de admissão da universidade. A USJ promoveu o “o perfil cultural distinto de Macau” como “destino excepcional” para estudantes estrangeiros.

A edição deste ano inaugurou ainda um Pavilhão de Pós-graduação e Executivo, dedicado a mestrados, doutoramentos e programas de formação executiva, no qual a USJ esteve presente. Além de Francisco Peixoto, a delegação incluiu a chefe do Gabinete de Assuntos Internacionais, Ana Paula Mota.

No mesmo comunicado, a universidade agradeceu o apoio da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e do Fundo de Educação da RAEM “para tornar possível a participação na Feira de Educação”. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau