Embora as agressões físicas contra jornalistas sejam o aspecto mais visível dos ataques à liberdade de imprensa, pressões económicas mais insidiosas também representam um obstáculo significativo. O indicador económico do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa continua em queda em 2025 e atinge um nível crítico sem precedentes. Como resultado, pela primeira vez, a situação da liberdade de imprensa tornou-se "difícil" em escala global.
Num momento em que a liberdade de imprensa enfrenta um declínio alarmante em muitas partes do mundo, um factor importante – frequentemente subestimado – está a enfraquecer profundamente o jornalismo: a pressão económica. Concentração da propriedade dos meios de comunicação, pressão de anunciantes ou financiadores, ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos... Diante desses elementos, medidos pelo indicador económico do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), uma constatação se impõe: hoje, os meios de comunicação estão divididos entre a garantia de sua independência e a luta por sua sobrevivência económica.
Num ranking que abrange 180 países, os países lusófonos quanto à liberdade de imprensa encontram-se nos mais diversos patamares com Portugal no 8º lugar, Cabo Verde (30º), Timor-Leste (39º), Brasil (63º), Angola (100º), Moçambique (101º), Guiné-Bissau (110º) e Guiné-Equatorial (118º), numa classificação onde não está São Tomé e Príncipe, liderada pela Noruega, Estónia e Países Baixos. Repórteres Sem Fronteira
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