Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 3 de março de 2025

Timor-Leste - Governo aprova mais de 155 mil dólares para promover língua portuguesa

O Governo de Timor-Leste aprovou, em reunião do Conselho de Ministros, uma contribuição de 155.810 dólares para financiar o projecto “Lusofonia em Timor-Leste”, executado pelo jornal online Diligente.


 

A proposta foi apresentada pela vice-ministra para os Assuntos da Associação das Nações do Sudeste Asiático, Milena da Costa Rangel. A contribuição voluntária do Governo timorense foi atribuída ao Fundo Especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e consignada ao financiamento daquele projeto. “O projecto, desenvolvido no âmbito da CPLP, visa a promoção e difusão da língua portuguesa em Timor-Leste e está a ser implementado pelo jornal diário online timorense Diligente, o único meio de comunicação social nacional exclusivamente veiculado em língua portuguesa”, refere-se no comunicado do Conselho de Ministros. 

O Diligente, um órgão de comunicação social privado, com milhares de leitores e que promove a língua portuguesa em Timor-Leste, trabalha diariamente desde janeiro de 2023.

Os professores do quadro da Escola Portuguesa de Díli realizaram um protesto em frente ao estabelecimento de ensino para reivindicar equidade salarial e em solidariedade com os colegas de Luanda, que iniciaram segunda-feira uma greve, pelas mesmas razões. “Desde setembro que continuamos sem qualquer acerto nas nossas condições. O senhor ministro [da Educação português, Fernando Alexandre,] veio há pouco tempo a público informar que tudo estava a ser tratado. 

Queremos acreditar que sim e confiamos na palavra do senhor ministro, mas, infelizmente, a situação arrasta-se e começa a ser insustentável para algumas das pessoas que lutam contra o custo de vida em Timor-Leste, que é elevado”, disse o professor Bruno Torres. 

Aqueles professores integraram o quadro de efetivos da Escola Portuguesa de Díli em dezembro de 2023, mas o vínculo manteve-os em situação precária já que auferem um salário idêntico ao de Portugal sem qualquer compensação financeira, ao contrário do que acontece com os professores em regime de mobilidade que dão aulas na mesma escola. Os professores em regime de mobilidade recebem um subsídio mensal de 1500 dólares (1430 euros) para compensar as diferenças do custo de vida em Timor-Leste. 

“Somos 10 professores. Desde setembro, continuamos a exercer as nossas funções da mesma forma, com o mesmo profissionalismo e com a mesma dedicação, sempre na esperança de que o acerto nas nossas condições seja alcançado, mas não posso deixar de alertar para a incerteza que isto causa”, salientou Bruno Torres. In “Ponto Final” - Macau


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