Duarte
Nuno Vieira, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de
Coimbra (FMUC), foi escolhido para integrar o Mecanismo Extraordinário de
Identificação Forense (MEIF) de pessoas desaparecidas no México.
Este
organismo, constituído por reputados especialistas mundiais, em representação
de diversas organizações, e também das famílias dos desaparecidos, tem por
missão a busca e identificação de pessoas desaparecidas no México e a sua
restituição às respetivas famílias.
O
MEIF surgiu de um esforço coordenado entre autoridades estatais, famílias de
pessoas desaparecidas e organizações de direitos humanos especializadas em
desaparecimentos forçados. A sua atuação decorre sob a observação de entidades
internacionais de direitos humanos, como a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos.
O
especialista da UC, que foi escolhido pelas famílias mexicanas como seu
representante neste Mecanismo Extraordinário, sublinha a importância da missão
do organismo, lembrando que «mais de 82000 pessoas desapareceram no México
entre 2006 e 2021 e os casos continuam a aumentar».
A
crise humanitária decorrente do desaparecimento de cidadãos nacionais foi
reconhecida pelo Estado mexicano no final de 2019, altura em que foi aprovado
um acordo de criação de um Mecanismo Extraordinário de Identificação Forense
(MEIF) de pessoas desaparecidas, agora concretizado.
Duarte
Nuno Vieira, que atualmente preside à Rede Ibero-americana de Instituições de
Medicina Legal e Ciências Forenses e ao Conselho Científico Consultivo do
Tribunal Penal Internacional, tem realizado múltiplas intervenções no México,
no âmbito da chamada Ação Humanitária Forense, por solicitação de entidades
diversas, nomeadamente da Amnistia Internacional, Nações Unidas e Comité
Internacional da Cruz Vermelha. Universidade de Coimbra - Portugal
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