Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 1 de junho de 2021

Casamansa - Círculo de Intelectuais e Universitários na Europa do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa denunciam bombardeio do exército senegalês


Na série de provocações que já dura há mais de 5 meses, o exército de ocupação senegalês, com o seu novo Comandante do Estado Maior na região, bombardeou o principal eixo rodoviário da cidade de Nyassia que a liga a Ziguinchor, chegando a reivindicar que atacara as forças do MFDC. Isto, depois de ter alardeado por toda a parte que teria destruído as suas bases durante as suas operações em fevereiro de 2021.

O Círculo de Intelectuais e Universitários na Europa do MFDC denuncia estes bombardeios que em nada afetam as posições do MFDC, mas sim as populações civis, o meio ambiente, a economia da região. O Círculo condena os efeitos colaterais dos bombardeios das tropas coloniais geralmente indiscriminados.

Ao mesmo tempo, na floresta de Elinkine, bem como na de Diouloulou, ocorreram confrontos entre a guarda florestal ocupante e as forças do MFDC, causando algumas vítimas. O que está em jogo aqui é o controlo dos recursos florestais. A riqueza da Casamansa deve ir primeiro para a Casamansa.

Tornou-se cada vez mais evidente que o exército de ocupação está numa posição ofensiva total quase implacável, instalando assim a guerra no coração das aldeias. Durante este tempo, conclaves iniciados por vários fazedores da paz são realizados aqui e ali, troçando da gravidade da situação, da provocação das tropas coloniais contra o MFDC, dos efeitos do nervosismo e da tensão que essas operações podem causar nas populações inocentes.

Tudo se passa para demarcar o terreno para a próxima visita, dita económica, de Macky Sall a Casamansa, para que esta visita nos atulhe da sua demagogia quanto ao processo de resolução política do conflito na Casamansa. O chefe do exército senegalês parece estar com medo de tomar o eixo que as suas tropas estão atualmente a atacar.

Não resolvemos a questão da Casamansa com comunicações militares ou bombardeios, muito menos com espectáculo militar esporádico, principalmente para salvar o seu miserável ego. Pelo contrário, resolvemos politicamente a questão da Casamansa, detendo as ofensivas e provocações em curso há 5 meses, com vista a atos políticos fortes e dignos da categoria democrática que o Estado conspiratório do Senegal dolorosamente reclama.

O nosso povo tem sofrido tanto nestes 40 anos com a negação ou a violação dos seus direitos políticos, com a militarização na abordagem da resolução como na ocupação do seu território.

Bem-vindo a Macky Sall nesta Casamansa, sufocada sob as bombas, que, neste aspecto e consequentemente, não precisa das suas receitas de desenvolvimento, mas de paz política a favor de um verdadeiro processo de negociações que traça os contornos institucionais de Casamansa, finalmente Livre e Independente! Círculo de Intelectuais e Universitários na Europa do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa


 

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