Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 5 de agosto de 2012

Combustíveis

Todas as semanas os portugueses assistem impotentes às alterações dos preços dos combustíveis, na maioria das vezes subindo, raramente descendo.

Personagens ilustres por tantas vezes aparecerem na comunicação social, vêm falar da inevitabilidade dos aumentos de preços, pois a procura é maior que a oferta e a instabilidade política no médio oriente constroem um cenário técnico, mas mesmo assim uma dúvida fica na mente do cidadão, se eles estão tanto tempo nas televisões e outros meios de comunicação, como é que terão vagar para trabalhar?

Vou-me debruçar sobre a gasolina 95 octanas na semana 31 deste ano de 2012. Para se obter o preço de venda no retalho existem quatro componentes, o preço da matéria-prima, as margens que incluem a refinação, o transporte, o seguro, o armazenamento, a distribuição e o lucro, os impostos sobre o consumo e por fim o IVA. Nesta semana 31, o custo da matéria-prima foi 30,30% do total do preço final, as margens 16,93%, o imposto sobre consumo, 34,09% e o IVA, 18,68%.

Para melhor compreendermos estas percentagens, observamos o comportamento da constituição dos preços nos restantes países da União Europeia e segundo o Europe’s Energy Portal verificamos que Portugal é o país com o 12º lugar entre os 27 com o imposto sobre o consumo mais caro, tem uma menção honrosa, ou não tivéssemos em tempos de Jogos Olímpicos, com o 4º lugar no preço mais elevado no IVA e para aparecer no quadro de honra das medalhas, tem a 3ª margem mais elevada da UE 27, isto é a medalha de bronze, só sendo ultrapassado pelas economias da Dinamarca (1ª) e da França (2ª).

A pergunta fica no ar. Como é possível Portugal com a prática de salários baixos conseguir ter a terceira margem mais elevada da UE? Baía da Lusofonia

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