“Há poucos anos, escrevi um texto de opinião (ou talvez até mesmo mais de um texto) em que me debruçava sobre a problemática do aquecimento global. Terá sido, segundo me lembro, aquando de uma reunião cimeira mundial dedicada à definição de estratégias e políticas para o seu combate. Fi-lo, reconheço, suportado pela minha relativa ignorância em relação a essa matéria.
Como é meu apanágio, pretendi apenas sensibilizar a nossa opinião pública para os riscos que todos corremos, caso os grandes decisores mundiais não tomem as medidas julgadas as mais adequadas e urgentes. Limitei-me, naturalmente, a colocar a tónica na dimensão económica dessa questão – como é minha obrigação. Como não podia ser de outro modo, o restante espaço científico ficaria ao cuidado dos argumentos dos físicos, dos ecologistas e de outros especialistas correlacionados.
Infelizmente, a minha abordagem não teve a pretendida sequência, talvez porque a questão ainda não prenda devidamente a atenção da maioria dos nossos comentadores, possivelmente mais preocupados, por enquanto, com outras matérias eventualmente mais apaixonantes. Mesmo assim, mantenho a esperança de que as questões ambientais venham a fazer parte, no futuro, das pautas políticas e sociais do nosso país.” Justino de Andrade – Angola
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