Enquanto Israel procura voltar a aplicar toda a sua força letal contra a população desprotegida de Gaza, no Irão, o Governo do Presidente Masoud Pezeshkian e o aiatla Ali Khamenei, o Líder Supremo, desenvolvem o processo leal de saída do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o que coloca, em tese, Teerão no caminho da obtenção de armas nucleares.
Depois
de o Parlamento iraniano ter aprovado a saída da AIEA, a instância
Constitucional do país (Conselho da Guarda Revolucionária, que tem poder de
veto sobre o Parlamento), ratificou a decisão parlamentar após os ataques
israelitas e dos EUA à infra-estrutura nuclear iraniana nas últimas duas
semanas.
A
IRNA, agência oficial iraniana, cita o porta-voz do Conselho da Guarda
Revolucionária, Hadi Tahan Nazif, para avançar que esta decisão é uma
consequência directa dos ataques de Israel e dos EUA às instalações nucleares
"pacíficas" do Irão.
Esta
era a derradeira fase antes de a decisão ser submetida à aprovação final do
Presidente Pezeskhian, sendo o país, a partir desse momento, livre para agir
sem as grilhetas do TNP e da AIEA, o que, em tese, significa que pode começar a
trabalhar na aplicação militar do seu urânio enriquecido.
\O
Irão acusa a AIEA de ser "uma organização ao serviço do regime sionista e
dos EUA", tendo mesmo Teerão mostrado alegados documentos que prova que
esta agência da ONU estava, antes da guerra com o Irão, a passar informação a
Telavive sobre o programa nuclear do Irão.
Este
contexto é de grande melindre porque o Presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, avisou com elevada sonoridade que ordenará novos ataques, ainda mais
robustos, se o Irão voltar a enriquecer urânio ou sejam percebidas
movimentações no sentido da obtenção de uma arma atómica.
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