Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 28 de junho de 2025

Irão – Inicia processo de saída da agência da ONU que controla a energia atómica

Enquanto Israel procura voltar a aplicar toda a sua força letal contra a população desprotegida de Gaza, no Irão, o Governo do Presidente Masoud Pezeshkian e o aiatla Ali Khamenei, o Líder Supremo, desenvolvem o processo leal de saída do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o que coloca, em tese, Teerão no caminho da obtenção de armas nucleares.



Depois de o Parlamento iraniano ter aprovado a saída da AIEA, a instância Constitucional do país (Conselho da Guarda Revolucionária, que tem poder de veto sobre o Parlamento), ratificou a decisão parlamentar após os ataques israelitas e dos EUA à infra-estrutura nuclear iraniana nas últimas duas semanas.

A IRNA, agência oficial iraniana, cita o porta-voz do Conselho da Guarda Revolucionária, Hadi Tahan Nazif, para avançar que esta decisão é uma consequência directa dos ataques de Israel e dos EUA às instalações nucleares "pacíficas" do Irão.

Esta era a derradeira fase antes de a decisão ser submetida à aprovação final do Presidente Pezeskhian, sendo o país, a partir desse momento, livre para agir sem as grilhetas do TNP e da AIEA, o que, em tese, significa que pode começar a trabalhar na aplicação militar do seu urânio enriquecido.

\O Irão acusa a AIEA de ser "uma organização ao serviço do regime sionista e dos EUA", tendo mesmo Teerão mostrado alegados documentos que prova que esta agência da ONU estava, antes da guerra com o Irão, a passar informação a Telavive sobre o programa nuclear do Irão.

Este contexto é de grande melindre porque o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou com elevada sonoridade que ordenará novos ataques, ainda mais robustos, se o Irão voltar a enriquecer urânio ou sejam percebidas movimentações no sentido da obtenção de uma arma atómica.

O que vários analistas consideram ser uma porta aberta para o regresso da guerra israelo-americana contra o Irão, tendo o cessar-fogo sido uma mera gestão do conflito, porque o objectivo global de Washington é atacar a parte mais frágil do eixo estratégico Pequim-Teerão-Moscovo no âmbito da disputa global pela nova ordem mundial em construção. In “Novo Jornal” - Angola



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