São Tomé – As antigas roças Monte Café e Água Izé em São Tomé e Príncipe acabam de ser incluídas na lista das autoridades do país visando o seu reconhecimento pela UNESCO, revela Sónia Carvalho, representante da UNESCO no arquipélago são-tomense.
Segundo
esta responsável, a inclusão destas roças, a qual se acrescentam São João dos
Angolares e Diogo Vaz (na ilha de São Tomé), Sundy e Belo Monte (na ilha do
Príncipe) “se devem a autenticidade que ainda mantêm”.
Essas
roças foram no período colonial símbolo da exploração e da escravatura
nomeadamente de angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos deportados pelo regime
colonial português para as ilhas de São Tomé e Príncipe.
“São
Tomé e Príncipe é um país de roças, e a UNESCO admite a possibilidade de
incluir outras no processo de candidatura a património mundial”, assegurou
Sónia Carvalho.
O
processo de preparação dos “dossiers” contou com a colaboração de líderes
comunitários, ex-administradores e trabalhadores das roças, historiadores
nacionais e internacionais sob o patrocínio financeiro do Japão e Arábia
Saudita.
“É
longo ainda o caminho a percorrer para que os patrimónios nas roças venham a
ser elevados a património mundial”, alertou,
Wilder Dias, representante da ministra da Educação, Cultura e Ciência em
declarações à Imprensa em São Tomé, recordando que “durante muito tempo, as
roças serviram de um palco de permuta de história e de cultura de diferentes
povos”.
As
autoridades tencionam apresentar a candidatura à UNESCO em Janeiro de 2025,
após a qual a UNESCO enviará para São Tomé e Príncipe uma comissão de avaliação
para no terreno verificar como é que o património das roças candidatas está a
ser gerido, mantido e preservado. In “STP-Press” – São Tomé e Príncipe
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