Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Timor-Leste - Aprova investimento para desenvolver campo Greater Sunrise

O Governo de Timor-Leste aprovou um investimento de 16 milhões de dólares para desenvolver o campo de gás Greater Sunrise e assegurar que o gasoduto vem para o país


A despesa de 16 milhões de dólares deve ser executada entre 2025 e 2027 e visa o “desenvolvimento do campo de gás Greater Sunrise e a realização dos estudos e iniciativas necessários para garantir a construção do gasoduto até Timor-Leste”, pode ler-se, num comunicado do Conselho de Ministros.

“O montante autorizado abrange a realização de levantamentos geofísicos e sismos de ultra-alta resolução relativos ao gasoduto de exportação de gás do Greater Sunrise e ao gasoduto de Bayu-Udan, essenciais para a fase técnica e de planeamento do projecto”, acrescenta o comunicado.

Em Março, o Governo tinha também aprovado uma despesa de 40,5 milhões de dólares (35,2 milhões de euros) para implementar o projeto Tasi Mane, nomeadamente para a base de fornecimento do Suai e a autoestrada entre Zumalai e Natarbora.

A autoestrada e base de fornecimento do Suai são condições essenciais para a extração de hidrocarbonetos do Greater Sunrise para Natarbora, na costa sul do país.

Localizado a 150 quilómetros de Timor-Leste e a 450 quilómetros de Darwin, o projecto Greater Sunrise tem estado num impasse, com Díli a defender a construção de um gasoduto para o sul do país e a Woodside, segunda maior parceira do consórcio, a inclinar-se para uma ligação à unidade já existente em Darwin (Austrália).

O consórcio é constituído pela timorense Timor Gap (56,56%), a operadora Woodside Energy (33,44%) e a Osaca Gás (10%).

O impasse levou a ‘joint venture’ a solicitar um estudo conceptual elaborado pela empresa britânica Wood, que confirmou a viabilidade do desenvolvimento do Greater Sunrise em Timor-Leste.

A empresa britânica estudou quatro opções principais, nomeadamente o desenvolvimento do Greater Sunrise para Timor-Leste, para Darwin, no campo gás Ichthys, também na Austrália e operado pela japonesa INPEX, e uma nova instalação de Gás Natural Liquefeito também na Austrália. “A opção Gás Natural Liquefeito de Timor-Leste destaca-se por prever menores custos operacionais e, ao permitir melhores retornos gerais diretos e indiretos para Timor-Leste, criará um grande impacto socioeconómico no país”, refere o Governo timorense.

O executivo salienta também que o Greater Sunrise em Timor-Leste, segundo o estudo, poderá ter um “maior impacto positivo no Produto Interno Bruto e na criação de empregos, sendo igualmente a que apresenta os maiores retornos para o consórcio de desenvolvimento” daquele campo de gás.

O acordo de fronteira marítima permanente entre Timor-Leste e a Austrália determina que o Greater Sunrise, um recurso partilhado, terá de ser dividido, com 70% das receitas para Timor-Leste no caso de um gasoduto para o país, ou 80% se o processamento for em Darwin.

A ligação do gasoduto ao sul de Timor-Leste é considerada, pelas autoridades timorenses, como estratégica para o crescimento económico do país. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


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