Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Macau - Boa afluência confirmou “qualidade” do Festival da Lusofonia

O 28.º Festival da Lusofonia terminou este fim-de-semana, com um balanço positivo, segundo a opinião unânime de alguns responsáveis pela organização. Ao Tribuna de Macau, Amélia António afirmou que “ambos os fins-de-semana tiveram uma frequência bastante animada”, apesar de um receio inicial, enquanto Miguel de Senna Fernandes vincou que “esta edição primou pela qualidade”. António Machado, coordenador do evento, disse acreditar que existem condições para manter dois fins-de-semana de festa, no futuro


Chegou ao fim mais um Festival da Lusofonia, no último domingo, tendo responsáveis pela organização e dirigentes de associações participantes afirmado ao Tribuna de Macau que o balanço da 28.ª edição do evento foi positivo, com uma afluência semelhante à do ano passado. Por outro lado, as associações continuaram a enfrentar desafios, como a falta de recursos humanos.

Para Amélia António, presidente da Casa de Portugal, “ambos os fins-de-semana tiveram uma frequência bastante animada”. “Muita gente e um ambiente muito descontraído, muito alegre, como é típico da Lusofonia. Portanto, só posso dizer que o cômputo é extremamente positivo”. “Inicialmente, estávamos, enfim, um bocadinho receosos, porque não estávamos a ver muita afluência, mas depois começou a compor-se bem. Os sábados foram muito bons, qualquer um deles”, continuou dizendo Amélia António. Contudo, “a sexta-feira, sobretudo a primeira, foi um bocadinho mais fraca”, ressalvou.

Por sua vez, Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses, afirmou que “esta edição primou pela qualidade”, destacando que “o bom tempo ajudou imenso”. “Os artistas que estiveram em palco foram excelentes”, notou.

“Tendo em conta o padrão a que fomos habituados, esteve bastante bem. Houve uma boa afluência do público, muitos turistas, oriundos do continente”, reiterou o líder associativo. “Pela conversa que tive com várias pessoas, a [impressão] foi sempre boa, dentro das expectativas e, em certos pontos, até as excedeu. Portanto, é uma festa para manter”, vincou.

Em relação à realização do festival durante dois fins-de-semana, Miguel de Senna Fernandes observou que a opinião não é consensual, entre os associados. “Para uns é muito cansativo. Acho que de uma maneira geral, isto funciona. Muitas pessoas querem associar-se ao Festival da Lusofonia, como os artesãos, por exemplo. As autoridades investem tanto para um festival desta natureza e vão buscar artistas… Tudo para um fim-de-semana, acho que é pouco”, notou.

António Machado, coordenador do festival, também se mostrou optimista de que a próxima edição se possa manter durante dois fins-de-semana, tendo partilhado da opinião de que o balanço final deste festival foi positivo. “Acho que temos todos os ingredientes necessários para mantermos os dois fins-de-semana”, argumentou, acrescentando que futuras edições não deverão fugir muito do formato actual.

“No passado, cheguei a criticar esta possibilidade”, reconheceu Miguel de Senna Fernandes, lamentando a falta de recursos humanos das associações. “Quando não temos pessoal, as coisas tornam-se muito mais complicadas”. Similarmente, Amélia António também apontou a falta de colaboradores como sendo um dos maiores desafios: “As associações mais pequenas têm muitas dificuldades em termos de pessoal. Porque tinham muita ajuda de estudantes, e vão tendo menos estudantes, portanto vão tendo menos voluntários”.

Além disso, Amélia António também apontou que outro ponto menos positivo foi que “as pessoas compraram menos do que era habitual, nomeadamente ao nível do artesanato”. “Tiraram muitas fotografias, mas compraram pouco”, apontou a número um da Casa de Portugal. “Acho que é um pouco o que se sente na cidade toda”, explicou. Pedro Milheirão – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

Sem comentários:

Enviar um comentário