O 28.º Festival da Lusofonia terminou este fim-de-semana, com um balanço positivo, segundo a opinião unânime de alguns responsáveis pela organização. Ao Tribuna de Macau, Amélia António afirmou que “ambos os fins-de-semana tiveram uma frequência bastante animada”, apesar de um receio inicial, enquanto Miguel de Senna Fernandes vincou que “esta edição primou pela qualidade”. António Machado, coordenador do evento, disse acreditar que existem condições para manter dois fins-de-semana de festa, no futuro
Chegou
ao fim mais um Festival da Lusofonia, no último domingo, tendo responsáveis
pela organização e dirigentes de associações participantes afirmado ao Tribuna
de Macau que o balanço da 28.ª edição do evento foi positivo, com uma afluência
semelhante à do ano passado. Por outro lado, as associações continuaram a
enfrentar desafios, como a falta de recursos humanos.
Para
Amélia António, presidente da Casa de Portugal, “ambos os fins-de-semana
tiveram uma frequência bastante animada”. “Muita gente e um ambiente muito
descontraído, muito alegre, como é típico da Lusofonia. Portanto, só posso
dizer que o cômputo é extremamente positivo”. “Inicialmente, estávamos, enfim,
um bocadinho receosos, porque não estávamos a ver muita afluência, mas depois
começou a compor-se bem. Os sábados foram muito bons, qualquer um deles”,
continuou dizendo Amélia António. Contudo, “a sexta-feira, sobretudo a
primeira, foi um bocadinho mais fraca”, ressalvou.
Por
sua vez, Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses,
afirmou que “esta edição primou pela qualidade”, destacando que “o bom tempo
ajudou imenso”. “Os artistas que estiveram em palco foram excelentes”, notou.
“Tendo
em conta o padrão a que fomos habituados, esteve bastante bem. Houve uma boa
afluência do público, muitos turistas, oriundos do continente”, reiterou o
líder associativo. “Pela conversa que tive com várias pessoas, a [impressão]
foi sempre boa, dentro das expectativas e, em certos pontos, até as excedeu.
Portanto, é uma festa para manter”, vincou.
Em
relação à realização do festival durante dois fins-de-semana, Miguel de Senna
Fernandes observou que a opinião não é consensual, entre os associados. “Para
uns é muito cansativo. Acho que de uma maneira geral, isto funciona. Muitas
pessoas querem associar-se ao Festival da Lusofonia, como os artesãos, por
exemplo. As autoridades investem tanto para um festival desta natureza e vão
buscar artistas… Tudo para um fim-de-semana, acho que é pouco”, notou.
António
Machado, coordenador do festival, também se mostrou optimista de que a próxima
edição se possa manter durante dois fins-de-semana, tendo partilhado da opinião
de que o balanço final deste festival foi positivo. “Acho que temos todos os
ingredientes necessários para mantermos os dois fins-de-semana”, argumentou,
acrescentando que futuras edições não deverão fugir muito do formato actual.
“No
passado, cheguei a criticar esta possibilidade”, reconheceu Miguel de Senna
Fernandes, lamentando a falta de recursos humanos das associações. “Quando não
temos pessoal, as coisas tornam-se muito mais complicadas”. Similarmente,
Amélia António também apontou a falta de colaboradores como sendo um dos
maiores desafios: “As associações mais pequenas têm muitas dificuldades em
termos de pessoal. Porque tinham muita ajuda de estudantes, e vão tendo menos
estudantes, portanto vão tendo menos voluntários”.
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