Hoje terminou a 99ª Volta à
França em bicicleta consagrando pela primeira vez um ciclista britânico como
vencedor. Bradley Wiggins de seu nome tem a curiosidade de ter nascido em Gent
na Bélgica em Abril de 1980, filho de uma inglesa e de um australiano que
praticou ciclismo e incutiu no filho o gosto pela modalidade. Percorreu o mundo
na sua infância e quando pegou na bicicleta foi para ser corredor de pista,
ganhando nos Jogos Olímpicos, seis medalhas, das quais três são de ouro.
O que me leva hoje a falar
da Volta francesa além de Bradley Wiggins é do público que acompanhou na
estrada, aos milhares, diariamente durante três semanas a corrida. Como é que
eles se manifestavam?
Com bandeiras, umas maiores
outras mais pequenas, e comecei a registar a origem delas. Desde a Grécia, República
Checa, Brasil ou México que não tinham ciclistas em prova, de Portugal,
Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Suíça,
Áustria, Itália, Eslovénia, Croácia, Alemanha, Polónia, Eslováquia, Dinamarca,
Noruega, Suécia, Ucrânia, Estónia, Bielorrússia, Rússia, Cazaquistão, África do
Sul, Argentina, EU América, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia com
atletas na corrida e muitas outras bandeiras como as nacionalistas do País
Basco ou da Bélgica, entre outras.
O que me admirou foi a
ausência da bandeira, que reúne uma população de 300 milhões de habitantes na
europa e que eu não a via em lado algum. Apareceu no sábado, no contra-relógio
da penúltima etapa, uma bandeira em cima de uma caravana, a bandeira da União Europeia.
Logo pensei que estava na presença de um funcionário manga-de-alpaca que
trabalhava na comunidade.
Enquanto alguns políticos de
aldeia pretendem avançar para um estado federado e se possível sem auscultar as
populações, estas numa das maiores e mais populares provas desportivas,
respondem com a sua bandeira dizendo, esta federação, não obrigado. Baía da Lusofonia
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