O projeto ApneaScrener venceu a primeira edição do SheLeads Ventures, o programa lançado pela Universidade do Porto para promover a liderança no feminino
Entre 80 a 90% dos casos de apneia do
sono não são diagnosticados e estima-se que 1000 milhões de adultos, em todo o
mundo, sofram com este problema de saúde. Quando não tratada, a apneia aumenta
o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças neurodegenerativas e
outras complicações. Foi a pensar neste problema que uma equipa de
investigadoras do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de
Coimbra (CNC-UC) desenvolveu o ApneaScreener. Este projeto inovador foi o
grande vencedor da primeira edição do She Leads Ventures, o programa da
Universidade do Porto dedicado ao fomento da liderança feminina para o
empreendedorismo.
“É um projeto inovador, que visa conseguir diagnosticar a
apneia do sono através de uma análise ao sangue”, explica Ana Rita Álvaro,
líder da equipa. Este teste permite que a doença seja detetada de forma rápida,
simples e precoce, além de monitorizar a resposta ao tratamento com custos
reduzidos. “Baseia-se em marcadores moleculares distintos encontrados no
sangue, capazes de distinguir doentes de indivíduos saudáveis”, referem.
Quando comparado com outros métodos de diagnóstico
existentes, o ApneaScreener distingue-se, sobretudo, pela abordagem: “Permite
detetar a apneia de sono de forma rápida (> 25 doentes em menos de 24h)
simples, precoce (reduz as atuais listas de espera de cerca de dois anos), mais
acessível (⅓ do preço do teste de referência) e personalizada”, diz Ana Rita
Álvaro.
A equipa vai agora usufruir dos prémios (2000 euros, com
o apoio da Caixa Geral de Depósitos, acesso ao programa School of Startups:
Foundations oferecido pela UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto; e
consultoria de empreendedorismo, oferecido pela IES-Social Business School) de
forma a conseguir mentoria personalizada e “para reforçar o conhecimento da
equipa, procurar aconselhamento estratégico e preparar o projeto para as
próximas etapas, garantindo que evolui de forma sólida e sustentável”.
Da equipa fazem parte também as
investigadoras Bárbara Ramalho, Bárbara Santos e Laetitia Gaspar. Universidade
do Porto - Portugal
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