Taiwan alterou os requisitos de viagem para funcionários públicos que visitem as regiões administrativas especiais chinesas de Hong Kong e Macau, informou a imprensa local.
Segundo
fontes citadas pelo jornal Taipei Times, próximo do Executivo liderado por
William Lai, o Conselho de Assuntos do Continente (MAC, na sigla em inglês) –
responsável pelas relações com a China – alterou a regulação vigente para
exigir que os funcionários que viajem por “motivos não oficiais” a estes
territórios apresentem relatórios antes e depois das visitas. Os que não
entregarem essas informações poderão enfrentar “medidas disciplinares”,
indicaram as fontes, acrescentando que as mudanças legislativas serão
submetidas ao parlamento para aprovação e implementação definitiva.
“As
viagens à China, Hong Kong e Macau implicam riscos crescentes, e Taiwan vai
reforçar ainda mais o sistema de gestão do seu pessoal governamental”,
referiram as fontes, explicando que os relatórios devem incluir também detalhes
sobre reuniões ou contactos com “pessoas específicas” desses territórios.
A
mudança ocorre cerca de meio ano após William Lai ter anunciado um conjunto de
iniciativas para contrariar as operações de influência de Pequim. Entre as
medidas está a obrigação de divulgação, por parte de todos os funcionários do
Governo, a nível central e local, de qualquer participação em intercâmbios com
entidades chinesas.
Em
Abril, o Executivo taiwanês já tinha endurecido os critérios para a atribuição
de residência a cidadãos de Hong Kong e Macau, por “razões de segurança
nacional”. Na altura, o presidente do MAC, Chiu Chui-cheng, explicou que os
requerentes de residência oriundos destes territórios passarão a ser avaliados
sob uma nova categoria que incluirá um “período de observação de segurança
nacional”, com o objectivo de “garantir maior segurança” para os cidadãos de
Taiwan. In “Ponto Final” - Macau
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